Tópicos:
Extrativismo; Mineração; Transição Energética, Energia Verde; Ambiente; Crise climática
Barragens hidroelétricas, centrais elétricas, baterias, oleodutos e gasodutos, parques eólicos, hidrogénio, lítio, grafite, corredores.
Angola, Mozambique, Mauritania, Portugal, Spain, Italy, Africa, Europe
ENERGEO
institutições Participantes
Financiamento:
FCT
institutição de Acolhimento
CRIA
Institutições Associadas
Kaleidoscopio (Moçambique)
ISCED (Angola)
PROJETO DE PESQUISA (2022.07881.PTDC):
Energo-Geografias Emergentes e Mobilizações Políticas no Contexto da Transição Verde: Uma Abordagem Antropológica
continuar
ENG
PT
Num momento de crise climática e de reconhecimento generalizado da necessidade de uma transição para um paradigma energético verde, que tipo de consequências é que se identificam a nível social e territorial?
CONTINUAR
Energeo
DESCRIÇÃO DO PROJETO
No contexto dos atuais debates globais sobre mudanças climáticas, sustentabilidade e transição energética, a mudança de uma indústria baseada em carbono para uma indústria de energia verde parece inevitável. Enquanto que os apelos e resoluções para acabar com os combustíveis fósseis lentamente e irregularmente chegam à diplomacia global (por exemplo, COP26), a mudança para a eletrificação e digitalização dos setores industrial, de comunicação e transportes está a criar uma crescente dependência global da extração e processamento de novos recursos. É o caso, por exemplo, do lítio (muitas vezes apelidado de “petróleo do futuro”) e do grafite, componentes essenciais para o fabrico de baterias para telemóveis, computadores e carros elétricos, por exemplo. Ao mesmo tempo, ‘tecnologias limpas’ como o hidrogénio verde, o gás natural liquefeito ou as renováveis apresentam-se como caminhos seguros para a descarbonização e redução de GEEs.
Tais transformações, embora sejam geralmente passos positivos para a sustentabilidade energética e adaptação às mudanças climáticas, estão a gerar novos pólos industriais, novas relações económicas complexas e mobilizações políticas com consequências socioambientais que precisam ser mapeadas e estudadas a partir de uma perspectiva sociocientífica.
Continuar
DESCRIÇÃO DO PROJETO
Estamos a falar especificamente sobre os impactos ambientais da nova indústria de energia, as suas articulações materiais e infraestruturais, os conflitos sobre propriedade e uso da terra, as articulações políticas (público-privadas), o trabalho e oportunidades comerciais, etc. Isto ilustra a crescente centralidade política dessas indústrias, tanto em termos de diplomacias transnacionais – sendo o papel dos oleodutos Nord Stream no atual conflito Rússia-Ucrânia um exemplo disso mesmo – como de criação de novas zonas de conflito devido aos impactos sociais e ambientais da indústria nas populações locais, bem como a distribuição e acesso desigual à energia. Também explica a crescente atenção da parte do ativismo ambiental – desde movimentos de justiça ambiental a Fridays for Future e Extinction Rebellion – em relação às consequências ambientais da emergente economia energética. Este projeto é, portanto, um convite ao aprofundamento do estudo das consequências sócio-políticas das novas localizações globais da indústria energética, focando em casos atuais de instalação e desenvolvimento de indústrias energéticas no quadro da Transição Verde. Fazemos as seguintes perguntas: Quais são os impactos ambientais locais da economia da “energia verde”?
Continuar
Voltar Atrás
descrição do projeto
Que tipo de redistribuições espácio-territoriais estão a surgir como resultado da transição energética? Quais são os desdobramentos infraestruturais e materiais dessas indústrias? Quais são as consequências a nível local em termos de direitos e uso da terra? Que tipo de desenvolvimento económico e de meios de subsistência implicam esses processos ao nível do terreno? Que tipo de mobilizações políticas estão a surgir em resposta, por exemplo em termos de energia e justiça ambiental? Propomos o conceito de 'Energo-Geografias' como um enquadramento para lidar com a complexidade das articulações territoriais, materiais, econ´pmicas e políticas das indústrias globais de energia. Acreditamos que isto implicará um contributo significativo para os estudos antropológicos e sociológicos da energia, através de uma análise sócio-espacial inovadora dos sistemas energéticos enquanto infraestruturas. Congregamos uma equipa de antropólogos com experiência acumulada na investigação de questões socioambientais no Sul da Europa e África, e propomo-nos a realizar estudos de caso empíricos em Portugal, Espanha, Itália, Mauritânia, Angola e Moçambique, onde estamos desenvolver estudos aprofundados de diferentes recursos energéticos – desde o grafite, lítio e hidrogénio verde à energia solar e outras renováveis.
Continuar
Voltar Atrás
DESCRIÇÃO DO PROJETO
Também temos experiência significativa em métodos de pesquisa etnográfica de longo prazo, que acreditamos serem os mais bem equipados para abordar a complexidade da infraestrutura e as consequências locais da indústria emergente de energia verde. O nosso objetivo é fornecer uma descrição e análise sistemática e aprofundada das novas geografias e infraestruturas da transição energética, para além dos locais mais tradicionais; fazer avançar o conhecimento científico na antropologia e nas ciências sociais do ambiente, infraestruturas e energia, com o contributo conceptual da “energo-geografia”; e fornecer subsídios para a formulação de políticas públicas que permitam uma transição mais justa e justa no marco da Agenda 2030 e dos compromissos globais para um futuro sustentável.
Seguir
Voltar Atrás
vertical_align_topvertical_align_bottom
Ruy Llera Blanes é Investigador Principal do Centro de Investigação em Antropologia (CRIA) do ISCTE-IUL, Lisboa.Realizou pesquisas empíricas em Angola e Moçambique e recentemente coordenou projetos de pesquisa sobre a seca no sul de Angola e sobre o impacto da indústria de GNL em Cabo Delgado, norte de Moçambique.
PI
Luís Silva
Co-PI
Paulo Mendes
Investigador
Francisco Freire
Investigador
Antonio Maria Pusceddu
Investigador
Euclides Gonçalves
Investigador
Helder Alicerces Bahu
Investigador
Antónia Pedroso de Lima
Investigadora
Felipe Campos Mardones é um Investigador de doutoramento com vocação em antropologia ambiental. Natural do sul do Chile, onde desenvolveu sua experiência por meio de intervenção social e pesquisa aplicada em contextos indígenas e interculturais. No âmbito académico, especializou-se no campo da antropologia da conservação, património e sustentabilidade. Os seus interesses estão centrados em estudos críticos de conservação e transição energética, territorialidade e governança local sob uma perspectiva sócio.ambiental. Sua experiência etnográfica abrange o Chile e a Andaluzia na Espanha.
Investigador de Doutoramento
Alejandra Tapia Palacios
Estagiária
vertical_align_topvertical_align_bottomTeam Members
ENERGEO
click
the
image
Wind Power
(Ardales, Ronda, Espanha , 2022)
ENERGEO
click
the
image
Mining Company
(Namibe, Angola, 2020)
ENERGEO
click
the
image
Solar Power
(Namibe Desert, Angola, 2020)
ENERGEO
click
the
image
Logistics Terminal Construction
(Pemba, Moçambique, 2022)
GALERIA DE IMAGENS
VOLTAR ACIMA
CONTINUAR
instagram
0{{current_slide_index}}
arrow_forwardarrow_backarrow_forward
Instituições Participantes
ISCED
(Angola)
Voltar Acima
Kaleidoscopio
(Moçambique)